Atlântida

Ilha de Atlântida

         Uma das civilizações mais interessantes que talvez tenha existido foi a Atlântida, que segundo lendas, tinha uma sociedade invejavelmente organizada, sem desigualdade extrema como a nossa, além de terem desenvolvido medicina avançada, com direito à transplantes de órgãos e pesquisas sobre o comportamento do cérebro; tudo isso sem contar sua tecnologia extremamente desenvolvida, tendo “precursores” dos atuais equipamentos eletrônicos.  
         Um de seus relatores foi Platão, que relatava que havia um continente por volta de 9600 a.C., como um povo com as características descritas acima. O filósofo dizia que o continente ficava entre o pilares de Héracles.
Atlântida submersa por Júlio Verne
         Uma das lendas sobre seu surgimento diz que no centro do continente havia uma órfã, Clito, e que Poseidon se apaixonou por ela, e que para poder viver com sua amada, ergueu muralhas de água e fossos d’água em volta de onde morava, e assim viveram por muitos anos. Dessa relação nasceram cinco pares de gêmeos; o mais velho, Atlas, dividiu o continente em dez círculos, então Poseidon dá à Atlas a supremacia do território. Dizia-se que o oricalco, um metal brilhante, era a fonte de energia da cidade.
         Platão também explica, em seu conto "Timão", traduzido do latim, que a civilização teve seu fim após ter tentado dominar os atenienses, e tiveram seu fim em apenas uma noite, agora, a causa de sua destruição é muito controversa. Alguns estudiosos defendem que os atlantes foram destruídos por um cometa ou de outros corpos que se chocaram com a Terra, ou então que foram dizimados pelos atenienses, ou pelos líbios, ou ainda que como os atlantes eram mais evoluídos que os demais povos da época, e ao prever sua destruição, migraram para a África, sendo os egípcios seus descendentes.
         Outros estudiosos também defendem teses sobre a veracidade do povo, dizendo até que a Atlântida não foi nada mais que a Antártida antes de seu período glacial, que também foi deslocada para o pólo sul do planeta. Ou ainda uma teoria ainda mais polêmica, proposta pelo cientista Ezra Floid, diz que o formato circular do continente descrito por Platão se tratava de uma gigantesca nave espacial, um disco-voador movido a hidrogênio, já citada em outras civilizações como a ilha voadora.
         Na cultura popular contemporânea, este é um mito muito bem explorado, por todos os meios possíveis, como livros, filmes, histórias em quadrinhos. Algumas das obras que citam o continente perdido, o relacionam com outros mistérios não resolvidos, como o Triângulo das Bermudas, no qual houve mais de 8000 casos de desaparecimentos não explicados, ou ainda com extra-terrestres. Até a Disney entrou nesse espírito, e lançou a animação “Atlantis, O Continente Perdido”, mas outros autores, como Júlio Verne e outros também aproveitam essa incógnita, como o romance Vinte Mil Léguas Submarinas, onde um de seus personagens visita as ruínas do continente.

Kevin A.


O deus Baco

Para nós o dia 4 de outubro pode não significar nada, mas para os romanos era um dia de celebração, pois ocorria o festival ao deus Baco, na mitologia romana ou Dionísio, na grega.
Baco era o deus do vinho e da alegria. Filho de Zeus e da princesa tebana Semele. É a única divindade que foi gerada por uma mortal. Hera ao descobrir que Zeus a traiu (novamente) arma uma cilada para a princesa. Fingindo ser uma ama de leite, convence Semele à por seu marido a prova. O deus, consciente do que iria acontecer, mostra sua verdadeira forma e a princesa vira pó por não suportar seu brilho. Tudo que pôde fazer foi tirar seu filho do ventre de sua mãe e o gerando em sua própria coxa.
Após seu nascimento, é entregue a sua tia e é criado junto com as ninfas e as dríades. Ao torna-se adulto, Sileno lhe transmitiu a arte do vinho. Com inveja, Juno o transforma em um louco e ele passa a vagar pelo mundo. Até encontrar a deusa Cibele que o cura e instrui nos rituais religiosos.
O deus Baco representa o lado inconsequente das pessoas, o lado que ignora os comportamentos normais. Dionisio se opõe a Apolo. Este é considerado a perfeição, aquele que segue a vida de maneira correta, seria quando estamos sóbrios. O Baco é o oposto, ele é livre e não se prende a moral.
Os cultos a esse deus sempre envolviam erotismo e orgias, os chamados bacanais. E foi em uma dessas celebrações que surgiu o teatro. Onde um homem diz “Eu sou Dionisio”, ou seja, personifica-o e assim nasce o teatro.

Leticia M.